Fui uma vez à Rocinha com um jornalista, para se fazer um artigo sobre um puto da comunidade que fazia competição de skate. Eu fazia a parte de fotografia, ele escrevia a "matéria".
Quando acabámos a reportagem, ele ía para um lado e eu para o outro. Despedidas, coiso e tal e passar bem!
Entretanto tinha caido a noite.
Fui pacatamente para a paragem de "onibus" que ficava do outro lado daquela grande avenida que se vê na fotografia.
Havia pouca gente no trajecto....a paragem era perdida do outro lado, e na altura quase não passava ninguém.
Imenso tempo há espera!...........
Só posso dizer que, para além de saber que o meu pai teria tido um ataque se soubesse onde é que eu estava naquele segundo, a paisagem era absolutamente incrível!
Era incrivelmente imponente a imagem que tinha à minha frente!
Aquela massa imensa de luzes desenhava um perfíl sinuoso lindo!
A luz era doce.
O morro parecia uma mulher magnífica, vestida com um enorme e magestoso vestido de noite.
Aquela imensidão impunha respeito!
Mais uma fotografia mental que fica...
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